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Hospitais com ‘acreditação’ registram menores taxas de mortalidade e reinternação
Aumentou em 30% o número de certificações concedidas.

Buscar um selo de qualidade reconhecido internacionalmente é algo cada vez mais comum para instituições de saúde no Brasil. A fim de obter a acreditação de organismos como a Joint Commission International, que atesta que o atendimento e a gestão seguem padrões de excelência, serviços públicos e privados vêm implementando melhorias contínuas em seus processos. Ao longo de 2016, só o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante da JCI no país, aumentou em 30% o número de certificações concedidas em relação ao ano anterior. Em 2017, foram duas organizações acreditadas apenas no primeiro trimestre (considerando somente aquelas que obtiveram o título pela primeira vez). O Dia Internacional da Acreditação é comemorado em 9 de junho.

Além de status pelo reconhecimento da qualidade nos serviços de saúde, a acreditação proporciona resultados melhores para as instituições certificadas no que diz respeito ao cuidado e à segurança do paciente. Em São Paulo, o Hospital Samaritano registrou, em 2015, 4% de mortalidade em casos de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), índice abaixo da média entre os hospitais acreditados, que chega a 6%. Em relação à sepse (infecção generalizada), estatísticas demonstram que a mortalidade no Brasil é de 50%, enquanto o hospital anotou a taxa de 21% com o uso de protocolos assistenciais para tal condição.

O Total Care e o Hospital TotalCor — ambos localizados na capital paulista — conseguiram reduzir a taxa de reinternação em pacientes com insuficiência cardíaca grave de 26%, em 2014, para 17%, em 2016. Já o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, fez o grau de satisfação dos pacientes saltar de 74% para 91% nos últimos três anos. Feito semelhante foi alcançado pelo Amil Resgate Saúde (SP): acreditado pela JCI em 2012, o serviço conta com a aprovação de 98% dos clientes desde que implantou indicadores de qualidade em todos os níveis de atuação.

Um projeto de lei, de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que obriga hospitais públicos ou privados — vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS) — a passarem por processos de avaliação e certificação da qualidade está na Câmara dos Deputados. A matéria aguarda parecer do relator na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) sob o no 5503/2013.

Expansão

Apesar de menos de 5% dos hospitais brasileiros possuírem algum tipo de acreditação, o método vem se expandindo no país e sendo desejado por diversas instituições de saúde fora do eixo Rio-São Paulo. Com mais de 400 hospitais e oito mil leitos disponíveis, Pernambuco, hoje, é o segundo polo médico do Brasil, mas quer se tornar o primeiro. O setor de saúde representa a terceira arrecadação do PIB (11%), atrás apenas da construção civil e da prestação de serviços. E a conquista da acreditação internacional JCI faz parte da estratégia dos hospitais para atrair clientes, incluindo turistas que vão ao estado em busca de tratamentos de doenças e procedimentos estéticos.

O Real Hospital Português é o mais recente membro da célebre lista de acreditados. A gestora de Qualidade Georgia Sabino Pinho conta que, graças a parcerias com instituições que já detinham a certificação, foram identificadas práticas para melhorar o desempenho de processos internos. “O projeto de acreditação é um investimento alto e requer responsabilidade e estratégias na condução”, explica ela, dizendo que um dos objetivos alcançados foram os resultados positivos no descarte de resíduos. “Pelo porte da instituição, tínhamos um desafio enorme, mas conseguimos implementar uma cadeia sustentável e responsável”, celebra.

Além do Real Hospital Português, quatros serviços de saúde possuem o selo da JCI no Nordeste brasileiro. Outros três se preparam para obter a qualificação, que também tem despertado interesse de organizações da região Norte: já são quatro que vislumbram a acreditação internacional.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também enxergou a relação entre acreditação e qualidade dos serviços hospitalares, tanto que criou o Fator de Qualidade, aplicado ao índice de reajuste nos contratos entre operadoras de planos de saúde e hospitais e clínicas que detenham o selo de acreditação. Para estes, a ANS permitiu um reajuste da tabela de serviços de 105% sobre valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Fonte: SB Comunicação

 

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